sexta-feira, 21 de maio de 2010

Oi...oi o trem...vem chegando pra fazer você mais feliz... oi...oi o trem

A ideia de restabelecer as linhas de trens de passageiros entre Sorocaba e Santos e a Capital ganham corpo no governo do Estado de São Paulo. Os estudos sobre os ramais para a Baixada Santista e Sorocaba, a serem operados pela Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM), foram concluídos no dia 28. A novidade é que já existe um prazo estipulado para a conclusão do projeto - 2014 - e o padrão de velocidade para as composições: entre 120 e 150 km/h, ou seja, quase a velocidade de um trem-bala. Ainda não se sabe os trens usarão os trilhos já existentes das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí ou se trafegarão por faixas paralelas ao atual traçado.


Essas análises mostram a viabilidade da implementação dessas ligações ferroviárias com a capital, afirma João Paulo de Jesus Lopes, secretário-adjunto de Transportes Metropolitanos, que comanda o grupo de estudos dos dois projetos.

A estimativa do governo do Estado é que as duas linhas entrem em operação até 2014, antes do início da Copa do Mundo no Brasil. São esperados de 30 mil a 50 mil passageiros por dia nas novas ramificações. E que elas possam competir com as linhas rodoviárias em rapidez, eficiência e conforto.

Velozes

O projeto prevê viagens de curta duração, que durem entre 35 e 50 minutos. Mais que isso fica inviável, pois a viagem de ônibus entre Sorocaba e a capital, por exemplo, dura entre 1h20 e 1h25. O trem deve oferecer transporte rápido, seguro e com conforto, diz Lopes. Os trens terão velocidade maior que as composições metropolitanas, entre 120 km/h e 150 km/h, com intervalos de partida entre 10 e 15 minutos, todos os dias da semana. A passagem de ônibus entre São Paulo e Sorocaba custa hoje R$ 21. A dos trens ainda não foi calculada.

O custo de cada linha é estimado entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões. Esses valores podem variar de acordo com o traçado a ser escolhido, necessidade de construção de túneis, pontes e outras obras. A tecnologia de construção usada será nacional.

A proposta é ter linhas diretas para Sorocaba e Baixada Santista saindo de São Paulo. O trem para a Baixada Santista terá como ponto de partida a Estação Tamanduateí da Linha 10-Turquesa da CPTM, com percurso total entre 60 e 80 quilômetros.

Nessa linha é preciso transpor a Serra do Mar. Uma alternativa estudada é fazer faixa alternativa ao sistema funicular em Paranapiacaba. O ponto inicial é a Estação Tamanduateí da CPTM, onde haverá conexão com o Metrô e o ramal que vem do ABC e também da Estação da Luz da CPTM, explica Lopes. O ponto final seria a Estação Samaritá, em São Vicente.

O ramal sorocabano terá extensão entre 70 e 90 quilômetros e poderá começar nas estações da CPTM na Lapa, na Barra Funda ou em Pinheiros. Ou ainda em Carapicuíba, Barueri ou Osasco. O governo não trabalha com a possibilidade de compartilhar as linhas já existentes de transporte de cargas. Esses ramais são das empresas ALL e MRV, uma concessão federal.

Trem turístico

O projeto piloto da linha para Sorocaba será um trem turístico, que deverá sair da Estação da Luz, ir até Barueri ou Amador Bueno. Aí, os passageiros farão um transbordo, porque há mudança de bitola (largura) nos trilhos. Depois, haverá paradas em São Roque e Sorocaba.

Segundo o coordenador de Planejamento e Gestão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos Silvestre Eduardo Ribeiro, a previsão é que o trem turístico para Sorocaba entre em operação até o fim deste ano. (Eduardo Reina- AE)

Toledo - notícia publicada no Jornal Cruzeiro do Sul

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